"dici-o-nário, suspenso!" 

(Do Um Como Principio Ao Dois Como Unidade) - Heidegger e a reconstrução ontológica do real: "O nada, em última instância, revela o âmbito dentro do qual a essência do homem acha-se suspensa. Esta suspensão dentro do nada confere ao homem um traço marcante, aquele ao qual nos referimos anteriormente, que é o de nunca estar preso de modo definitivo a nenhum ente. E é este caráter do homem — para além de qualquer deficiência ou imperfeição — justamente o que lhe possibilita, na verdade, entrar em relação com este ou aquele ente ou mesmo consigo mesmo. Mais até, a questão do nada é tão central que determina a própria essência do homem, pois, para ele, ser homem significa "estar suspenso dentro do nada" (Idem, ibidem, p. 35), transformar-se "no lugar-tenente do nada" (Idem, ibidem, p. 39). Esta descoberta é cheia de conseqüências para o pensamento, pois ele — o nada, o abismo, o sem-fundo (Abgrund) — passa a ser o fundamento da "existência do homem", a origem de sua facticidade e, sobretudo, de sua liberdade originária." 

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